Capítulo 5

"A true love story never ends... "

Hoje venho falar-vos de amor. Já vos falei do amor de filha para Mãe, de sobrinha para Tia, de Amiga para Amiga (amizades verdadeiras!)... hoje venho falar-vos do meu amor, aquele que brindo no dia de hoje, e que teve o seu início há cinco anos atrás. 

Não vos vou maçar nem nada do género (Espero!). Mas para além de ele o merecer (e achar que só não escrevo aqui, sobre e para ele... isto dos homens até terem ciúmes do cão, é grave! Mas é amor.) brincadeirinha! :), hoje quero e acho que o devo fazer. 

Comecemos pelos CINCO ANOS (Oh meu Deus!)

Pois é, meus amigos, o tempo passa. Eu que o diga. Em primeiro lugar, EU NÃO QUERIA NAMORAR. Não queria, pronto. Até lhe achei alguma piada (o miúdo até tem pinta vá), mas pensei: "Olha me só a conversa deste...", "Tens piada, mas a escolinha onde tu andaste, meu amigo...", e ria-me, ria-me, com as mensagens cheias de "mandá charme viu?", aquelas conversas que eu já sabia decore, ou já esperava. As típicas mensagens. (Sim, eu sou uma pessoa muito pouco deslumbrada a esse nível, muito céptica. Parece que adivinho as legendas do filme sem o ver antes. Adiante.) E ria-me, ria-me. Achava uma piada imensa a isto tudo. Pobre coitado do moço! Mas a questão é que no fundo, no fundo, eu até lhe achava piada. E ele, tenho cá para mim, que deve ter achado piada, em primeiro lugar (ou em segundo vá... más línguas pá!), ao facto de eu ser diferente de tudo aquilo a que ele estava habituado. Até porque hoje em dia, (e valha-nos Deus!), é só Alfredo, Alfredinho, e tenho dito. 

E agora já estão vocês para aí a pensar que o rapaz era um galã e andava na má vida. Não que fosse mentira, claro está, pois uma vez que ainda não me tinha conhecido, só podia andar mal encaminhado... just saying (a moral está em altas meus amigos!)

Mas agora vem a parte a sério. (sim, porque não vos vou contar todas as partes engraçadas - uma autêntica comédia este início - talvez fique para outras núpcias, talvez não, senão nunca mais sairia daqui. Restam os amigos desde então, que presenciaram tudo isso e ainda hoje têm o prazer de se rir connosco e fazer parte de tudo isto, cinco anos disto).

A verdade, verdadinha é que ele é o melhor de nós dois. É melhor pessoa, tem um coração ainda maior que o meu (se é que é possível), é genuíno, verdadeiro, amigo fiel, fiel a si mesmo e a quem ama, fiel a tudo aquilo a que se dedica. Trabalhador e lutador, o melhor que podem ter o privilégio de ter. Um bocadinho, na verdade, porque na totalidade, é meu. Ninguém é de ninguém, é uma grande verdade, mas quando amamos, quando vimos alguém a amar-nos mais do que nós próprios, quase tanto quanto o humanamente possível, quase tanto quanto uma mãe. Quando alguém nos coloca em primeiro lugar, e as nossas necessidades acima das suas. Quando alguém só vê o futuro, falando no plural. No nosso plural. Quando alguém nos ama de verdade. Temos uma certa legitimidade para o dizer. 

Somos muito diferentes e muito iguais. Eu, por exemplo, sou muito mais prática, no entanto, muito, muito exigente. Ele, ele é homem, pronto. E tão pouco, um pouco exigente, em comparação com a minha pessoa. 

Preciso que me digam o quanto gostam de mim - tipo, diariamente - (eu sei, chega a ser irritante, ou simplesmente chato. Mas o que fazer?). Porque é bom sentir-mo-nos amados, é sempre bom. Seja em que altura, momento ou idade for. E pelo que vejo nos dias de hoje isso é cada e cada vez mais raro. Não que me importe minimamente com aquilo que os outros pensam, porque não. Já me importei, um dia. Se tiver que me magoar, magoa, muito. Sou humana, não sou de ferro. Mas essencialmente, acho que o motivo por me sentir tão feliz, tão agradecida por tudo o que tenho e sou, pelos meus, aqueles que posso sem sombra de dúvidas, de olhos fechados, chamar e amar de meus, é pelo simples facto de não me preocupar com aquilo que os outros pensam - pensamos sempre, é verdade - mas preocupar, preocupar? Não tenho tempo para isso, nem o quero. Sou feliz, tão feliz assim. Por vezes, nem tempo tenho para me preocupar com todas as minhas coisas, com todas as pessoas que amo, com toda a minha vida. Qual o interesse de me preocupar com as dos outros? SEJAM FELIZES, vivam a vossa vida, vão ver que vão gostar.

Não divagando mais, por caminhos controversos... Ele é uma das partes boas de mim. Conhece-me muito, muito bem. Sabe todos os meus defeitos (e ama-me mesmo assim, é verdade!!) e essencialmente, todas as minhas qualidades. Acho que é isso o amor. Aceitarmos o outro como ele é, amarmos e reconhecermos todas as suas qualidades, mas acima de tudo, conhecer, amar, compreender e respeitar, todos os seus defeitos.

Não somos perfeitos, nenhum de nós. Mas somos verdadeiros. Em tudo aquilo que somos e fazemos. Temos em comum o forte amor pelas nossas mães (coisa que, na verdade, me despertou a atenção quando nos conhecemos... pois valorizo muito isto, e para mim isso diz praticamente tudo sobre a pessoa, sorry, mas para mim é assim. Quem não é bom para as mães, não é bom para ninguém!), a humildade, o facto de valorizarmos tudo aquilo que temos, a nossa família, os nossos amigos. Mas ele continua a ser o melhor de nós dois. 

Vê sempre o melhor de mim. Acredita sempre em mim (mesmo quando eu própria não acredito...). Luta as minhas lutas. Fica verdadeiramente feliz por mim e comigo. Fica verdadeiramente triste por e comigo.

É só mais um amor, talvez igual a tantos outros por esse Mundo. Mas este é meu, e hoje está de parabéns! Afinal, não é todos os dias que se comemoram CINCO-ANOS do que quer que seja, na verdade. 

Obrigada meu amor, 

pelos cinco anos, cheios de tudo,



Com amor,

A tua A. O teu A.


ME & YOU | SINCE 23 DE DEZEMBRO DE 2009