Marcas de Guerra, é um filme baseado numa história verídica sobre um grupo de soldados americanos que regressam do Iraque e lutam para se reintegrarem na vida familiar e civil, vivendo ao mesmo tempo com as memórias de uma guerra que ameaça destruí-los muito depois de terem deixado o campo de batalha. Protagonizado por um elenco liderado por Miles Teller e Haley Bennett, o filme é realizado por Jason Hall, autor do argumento de Sniper Americano.
Fica um bocadinho (talvez muito) aquém do Sniper Americano, com Bradley Cooper.
Mas é um filme bem conseguido. Mostra a dura realidade americana, de que os “heróis de guerra” são vítimas, sem recursos para se tratarem, estes outrora heróis são descartados para o fundo de um sistema que não tem meios para tantos soldados feridos - quanto mais, para aqueles em que as feridas não são exteriores. Tanto que alguns chegam mesmo a desejar ter antes perdido um braço ou uma perna, do que ficar perdido psicologicamente, com uma dor muda que ninguém vê, ninguém sente, e todos desvalorizam.
A linha ténue com que cada um trata do seu desespero, à sua maneira. Sempre com um olho na morte. Uns mais fracos, outros mais fortes. Uns com mais apoio que outros.
É um bom filme e acima de tudo faz-nos pensar. Essencialmente no que é, de facto, importante.
Só o actor principal, a meu ver, deixa um pouco a desejar em termos de interpretação. Não querendo ser depreciativa, de todo, falta algo, acho que falta “alma” ao actor para desempenhar um papel destes. Comparando-o desde já, por exemplo, ao papel que Bradley Cooper desempenhou, de forma idêntica, em Sniper Americano.
De 0 a 10? Um 6 para este filme. 🍿 🎥