Meu querido mês de Outubro, 2016.

Este é, sem dúvida, um post especial. E totalmente escrito de coração aberto.

Para vos ser sincera, o título deste post esteve para ser "O Pai Natal chegou mais cedo", ou qualquer outro do género. Mas quis agradecer, e acima de tudo escrever. Às vezes, penso que todos temos necessidade de escrever. Só porque sim. E de corpo e alma. 

Mas eu sinto-me tão agradecida. Por tudo. TÃO verdadeiramente agradecida. Daí que achei que, por todos os motivos e mais alguns, este post deveria ser sobre o mês de Outubro. O meu mês de Outubro. E, sem dúvida, talvez o melhor mês da minha vida, que sem sombra de dúvidas fez todo o meu ano ao nível de concretizações, objectivos cumpridos, e felicidade.


  • A 04 de Outubro, bem no início - deste que vinha a ser, talvez, o melhor mês da minha vida - licenciei-me em Direito, e assim cumpri o sonho de que desde bem pequenina falava e dizia que queria ser, e cumpri talvez o maior, mais importante e custoso objectivo da minha vida, até hoje (ou para sempre, quiçá). 


  • A 14 de Outubro, recebia a notícia, via e-mail, de que a minha candidatura para a Pós-Graduação em Criminologia e Investigação Criminal tinha sido aceite. Tinha sido admitida. Outro sonho relativamente ao qual não me tinha dedicado tanto a desejar, pois estava apenas e só focada no Direito e essencialmente, em terminar o curso, mas que desde o secundário, eu e as minhas duas melhores amigas (da época e que ainda hoje permanecem na minha vida), desejávamos seguir (prometo tentar não vos desiludir! Temos sempre o CSI! eheheh). Mas coincidência das coincidências, a par do término da licenciatura, tenho conhecimento da abertura desta pós-graduação... e era impossível não seguir esta especialização numa das minhas áreas preferidas, desde sempre, no Direito. Estou tão mega ansiosa que comece!! Já falta pouco :) 


  • No dia 28 de Outubro, tive a minha primeira entrevista, e o primeiro impacto com o mundo do trabalho. E correu... muito bem!!! Estava super nervosa, não consegui comer nada até à entrevista, que foi às 15h, já tínhamos falado por alto, mas faltavam as formalidades e tudo o mais. Acho que gaguejei nas primeiras frases proferidas. Aliás, tenho a certeza. Mas gostei tanto! 

Estava nervosa em relação a tudo. Conheci o escritório, as minhas colegas estagiárias - e fiquei verdadeiramente feliz e reconfortada pela extrema simpatia, e à vontade da parte delas para comigo. Mais do que um escritório, parecem uma "família" laboral, vá. E, sejamos sinceros, bom ambiente no local de trabalho... é uma das coisas mais importantes. Claro que foram apenas apresentações, mas são todas verdadeiramente queridas! 

  • Hoje, dia 29 de Outubro, tive o meu primeiro MacBook!!! Estou TÃO, TÃO verdadeiramente FELIZ! 
É oficialmente o meu presente de Natal adiantado, mas tem uma explicação: como sabem, quem me segue diariamente, o meu computador (que durou 6 anos) decidiu colocar fim à vida, na véspera do meu último exame. Até aí, mal o menos. Pedido de Natal: check! O problema foi que na entrevista, quando perguntei o que tinha de levar para o escritório, pediram-me que levasse o meu computador e os meus códigos. (O meu computador... ahahahah) Ou seja, das duas, uma: ou levava o morto, ou contribuía para uma taquicardia da minha mamis quando dissesse que precisava do computador mais cedo... teve mesmo de ser a segunda opção como podem calcular. 

Não é que eu seja esquisitinha, nem nada do género, até porque nunca compraria ou exigiria um computador (muito menos destes!) se o meu não tivesse "morrido", mas acreditem, e eu sei que grande parte de vós me compreende: uma vez Apple, para sempre Apple. Gosto essencialmente de coisas que durem - porque sejamos sinceros, não há computadores minimamente decentes, a valores muito inferiores, e que muito provavelmente não duram nem metade dos anos que os da Apple duram. Mas, sim, não deixa de ser muito dinheiro. Depois eu também sou pessoa de estimar muito as minhas coisas... portanto, ficam a saber que este é o meu novo bebé. O meu bebé mais querido. 

Para 2016? Não posso, nem quero pedir mais. Agora sim, sei o verdadeiro significado desta corriqueira frase: "Só quero trabalho, saúde (acima de tudo), e paz. Para mim e para os meus". Nunca desistam dos vossos sonhos, por mais lutam que vos dêem!

Um obrigada especial, e uma vez mais, à melhor mãe do mundo, por estar sempre na primeira fila a aplaudir as minhas vitórias, e por contribuir, com tudo e a todos os níveis, para as mesmas. Eu sei a sorte que tenho. E sou verdadeiramente grata por tudo.

É uma coisa que acho que aprendemos ao longo da vida - e que quem não faz, devia: sentir-mo-nos gratos. Sermos gratos. Agradecermos. Por tudo, por nada. Pelas pequenas coisas, e obviamente, pelas grandes também. 

Sinto-me numa espécie de bolha. Estou demasiado feliz e grata. Por tudo. Obrigada! 

Acho cada vez mais que a vida nos traz de volta tudo aquilo que de bom fazemos e somos - especialmente para com os outros, e quando não temos nada a receber em troca.

Obrigada vida, mãe, pai, gordo, amor, amigos, "família". O meu forte suporte e pilar. 


P.S.: Desculpem o testamento. Às vezes o coração assim obriga.