Hoje venho falar-vos do último filme de Bradley Cooper - "À procura de uma estrela", e também o último que fui ver. Antes demais, já sabia previamente que muito dificilmente sairia desiludida de lá, mas a verdade é que gostei - gostei mesmo muito! E estou verdadeiramente feliz por andar em maré de sorte com os filmes.
Não sei se já vos aconteceu, mas há alturas em que os filmes no geral andam uma lástima, uma coisa sem explicação, sabe-se lá porquê. Onde até o melhor filme, os melhores actores, os melhores realizadores, conseguem desiludir - provavelmente nem eles saberão como - mas o que é facto é que acontece. Já não via uma boa comédia há séculos! E a verdade é que ando, actualmente, numa óptima maré de filmes, tal tem sido o feedback! :) Palmas para a 7ª arte!
Quanto ao filme propriamente dito:
Adam Jones (Bradley Cooper) era
um chef brilhante com duas estrelas Michelin no currículo. O problema é que
também era drogado, alcoólico e viciado em sexo. Foi assim que destruiu a sua
carreira promissora e os restaurantes por onde passou, há cinco anos atrás.
Desiludindo também, todos os que o amavam e admiravam, criando, com os vícios
também, inimigos perigosos.
Depois de se recompor e de passar
vários anos a cumprir uma penitência a que o próprio se impôs — abrir um milhão
de ostras num restaurante perdido no meio dos Estados Unidos —, regressa a
Londres com o objetivo de lançar o melhor restaurante do mundo e conquistar a
terceira estrela.
Depois
há uma parte muito engraçada e característica ao longo de todo o filme: quando
há a expectativa de que os avaliadores que atribuem a estrela Michelin, vêm sempre
num padrão típico - dois homens, de fato e gravata, chegam ao restaurante separados
(com meia hora de intervalo); depois, já na mesa, pedem meia garrafa de vinho e
um prato do dia para um dos elementos e um à la carte para o outro; a dada
altura colocam um garfo no chão para ver se a equipa repara.
Nós vivemos e sofremos com eles todas essas emoções, principalmente numa parte específica do filme em que pensam ter recebido a visita para jantar dos avaliadores e um dos membros da equipa coloca pimenta em excesso deliberadamente, para que Adam não receba a tão desejada terceira estrela Michelin. Falso alarme, que só é verificado um dia mais tarde, e que deixa a confiança na equipa abalada.
No fim, lá acaba por ganhar a estrela - mas desta vez, em vez de fazer os pratos especialmente sozinho, partilha o trabalho com toda a equipa - demonstrando que confia plenamente em todos, e que o mérito ou desmérito de todos será. Faz então, como sempre fez - de forma perfeita. Pois para Adam, ou está perfeita, ou não está, de todo.
Um excelente filme, que recomendo vivaaaamente!