Filmes da Chiclet #23


Esta é a história de uma esfregona. Sim, leram bem: uma esfregona - ou melhor, a invenção da mesma, por uma mulher - Joy - que outrora fora uma criança feliz e cheia de ideias e invenções, e durante 17 anos anula totalmente os seus sonhos para ser o pilar da família, e que depois se torna a chefe de uma empresa multimilionária – graças à sua esfregona. Mas está longeee de ser assim tão fácil. 

Jennifer Lawrence continua a ser o foco de todos os filmes que protagoniza, mas apesar de Joy ser a única personagem relevante, verdadeiramente humana, do filme, é impossível escaparmos a breves momentos onde o argumento a desfavorece. 

Bradley Cooper é extremamente secundário, mas o primeiro momento em que o vemos é genial. Durante mais de uma hora de filme somos confrontados com o esforço e desespero de uma mulher que decide apostar tudo nas suas ideias, e quando estamos prestes a chegar ao pico das consequências que daí podem advir, surge Neil Walker (Bradley Cooper), o gerente da QVC, uma companhia multimilionária, que rouba trinta segundos de ecrã para soltar um monólogo destruidor sobre as exigências do seu mercado contra a diferença que é uma mulher falhada e "comum" a tentar vender-lhe uma esfregona. 



Assim em síntese, nua e crua para saberem mais ou menos ao que vão:

Sinceramente, antes de ir nem sequer vi o trailer - a protagonista era a Jennifer Lawrence e isso basta-me. Ou assim deveria ser.

Vá, continua a ser. Pois o que é facto é que é mesmo ela que salva o filme, por assim dizer. Bradley Cooper ajuda - imenso - em todos os sentidos, mas também não faz milagres, até porque aparece enquanto personagem secundária. 

Há um pouco uma sensação de deja vú pois parece que estamos a ver "Golpada Americana" ou "Guia para um final feliz", pois os autores principais são os mesmos - mas em mau.

Acho que a melhor desculpa é terem tido um orçamento baixo - e nem sequer sei se é verídica ou plausível. 

Mas é bastante visível a péssima produção e argumentação. A primeira meia hora de filme - caso não estivéssemos no cinema, aposto que mudaríamos de canal, desligávamos a TV e/ou PC e nunca em dias da vida continuaríamos a ver o filme. Tem muito pouco conteúdo, as imagens/ planos são sempre os mesmos... Basicamente temos uma Jennifer Lawrence, mas sinceramente, nem isso salva o filme.

No entanto tem um aspecto positivo fundamental: a ideia que o filme quer passar, a moral da história e tudo aquilo que passamos todo o filme a ver e rever, fica, de facto, na mente. E a mensagem é totalmente transmitida e só uma: nunca desistam dos vossos sonhos, por mais doloroso que seja o caminho e por mais obstáculos e pessoas menos boas que encontrem nele. Por mais que vos digam "NÃO". Vezes e vezes sem conta. Por mais que vos tentem desacreditar, é só o medo de vos verem vencer e brilhar mais que eles próprios. Há SEMPRE uma solução. Mas se fosse fácil, não tinha piada, certo? :)

Por isso, (en)joy

By the way, não deixem de ver se quiserem muito, ou mais não seja porque adoram todos os filmes que a nossa querida Jen faça, like me. 

O filme é fraco, na generalidade. Em tudo. Mas também não é o pior que já vi até hoje, e transmite uma boa mensagem. Gostei, dar-lhe-ia 50% talvez, assim numa escala de 0 a 100%!