Em miúda, Tilly Dunnage (Kate Winslet) foi expulsa de Dungatar, após ser acusada da morte de um colega de escola. Agora é uma modista com experiência em Paris que regressa para tomar conta da mãe, Molly (Judy Davis). Mas o que quer sobretudo é vingar-se de quem a tratou mal no passado.
“A Modista”, estreou nos cinemas na quinta-feira passada, dia 3, e baseia-se no bestseller e primeiro livro de Rosalie Ham com o mesmo nome, lançado em 2000. Na altura os direitos para o cinema foram logo comprados mas uma série de contratempos atrasaram o filme — em 15 anos.
A prestação de Kate Winslet e de Judy Davis foram absolutamente brilhantes!
Tilly é confiante e irreverente e está de volta para mudar não só a sua vida, mas também a vida de todos aqueles que a julgam e olham com indiferença, mas ao mesmo tempo fascínio.
Kate Winslet, absolutamente glamorosa e maravilhosa, de agulha e fita métrica na mão, apresenta-se aqui uma interpretação pouco habitual para aquilo que é comum vê-la fazer. Kate já tinha provado anteriormente que o quirky resulta consigo, e como grande actriz que é, não desaponta. Ela e Judy Davis têm uma química incrível e proporcionam-nos momentos tanto divertidos como muito emocionais. A capacidade que Tilly em provocar agitação na cidade, têm o seu quê de crítica social, também abordando a perspectiva do papel da mulher e do seu poder. Um olhar divertido e astuto sobre cada uma das personagens.
É-me difícil classificar estoicamente este filme em gosto ou não gosto, talvez dos mais difíceis até hoje mesmo. Por dois motivos: se por um lado, a prestação da Kate Winslet é assombrosa - assim mesmo a personificação do arraso, estão a ver? - e o guarda-roupa que é qualquer coisa de maravilhoso (ambas as coisas nos conquistam de imediato, e deixam com que seja impossível dizer-se que é um mau filme!); por outro, detestei a forma como decidiram terminar o filme, e até porque o mesmo em si, acaba por não ser nada por aí além de especial. Mas até um certo ponto estamos quase que a torcer para que tudo dê certo, e depois, de um momento para o outro começam a morrer as personagens quase todas! Uma que estragou sem dúvida alguma a minha opinião do filme - e das pessoas que estavam comigo - e totalmente desapropriada; outra, que também não era necessária, só veio trazer mais dor a uma personagem já de si só baseada em dores passadas e numa suposta "maldição" sobre si mesma e em tudo o que a rodeasse. As outras mortas que se seguem, são simplesmente estúpidas. Lamento não encontrar um adjectivo qualificativo melhor, mas é mesmo a palavra que melhor as exprime, de facto. Estúpidas e a roçar ali uma comédia daquelas fraquinhas que dói.
Mas apesar de não ser de todo, um óptimo filme, e nos desiludir bastante no final, acho que é impossível não gostar - gostar muito mesmo! - das partes boas, e sem duvida que as partes boas que vos falei marcam o filme na sua generalidade. Não há mulher que saia daquela sala de cinema sem se inspirar com a Tilly. Desde as roupas, o estilo, à atitude. Ficam muitos suspiros pelo meio. Por falar em suspiros, podem sempre tirar as medidas, literalmente, ao nosso querido Liam Hemsworth.
Como vêem, tem tudo para ser um filme que nos deixa impossibilitados de dar uma opinião imparcial. Ou somos mesmo bipolares, de facto. Ou se adora, ou não se gosta, de todo. Ou pior, os dois sentimentos conjuntamente. Mas vejam e dêem me a vossa opinião, combinado? :)
Estão a ver a segunda personagem aqui da foto acima? Agora vejam a transformação que a Tilly lhe fez.
Sim, é a mesma.
O vestido de noiva criado por uma inimiga/concorrente da Tilly, que trazem propositadamente para lhe roubar clientes (embora obviamente, estejam a ver que vai dar mal resultado, certo?)
Vá, que eu sei que estavam desertinhas. Olhem a baba a cair no teclado, meninas!