Filmes da Chiclet #22


Desculpem a ausência meus amores, mas valores mais altos se levantaram. E tive mesmo de aproveitar o último dia de férias para descansar e aproveitar a família. E ontem, com o regresso e tudo o que havia para organizar e voltar à rotina foi-me de todo impossível passar por cá!

Fui ver o filme do sábado. E trago-vos boas notícias!

É com muito gosto que vos escrevo este post. Aliás, com todo o maior gosto deste mundo! Eu explico: sou fã acérrima do Rocky/Stallone desde de que me lembro gente. Um dia, lembro-me de ir ao clube de vídeo (isso ainda existe??), e o que eu gostava de ir lá, perdia horas a escolher um filme - horas! - adiante, fui com o meu irmão, mais novo que eu, e decidimos (talvez por escolha dele, confesso) alugar o primeiro filme do Rocky. Escusado será dizer que no dia seguinte fui lá e tive de trazer TODOS os restantes certo? Aliás, implorar é mais o caso. Que se bem me recordo não podíamos alugar mais do que dois filmes de uma vez. Mas lá consegui! :)

Vimos, e revimos, vezes e vezes sem conta. Até que um dia encontrámos todos os filmes por uma autêntica bagatela na worten e agora lá estão, na estante com direito a lugar de honra e destaque.

Tudo isto para vos dizer que este novo o filme é tudo aquilo que já merecíamos. É absolutamente fiel, aos fãs do verdadeiro Rocky. Que na minha opinião, não vieram em nada defraudados do cinema. 

Acima de tudo, penso que este filme nos toca, por aprofundar dois tipos de luta: o boxe e a morte. 

Tudo isto enquanto nos envolve, com os discursos, os incentivos, a vida - nua e crua - como de facto é, e nada embelezada para agradar a uma maioria consumista. Eu explico, na minha opinião, a maioria dos filmes com grande destaque nos dias de hoje, tendem a "pecar" e a perder o foco no essencial - incluindo a própria história - para agradarem a uma sociedade de massas; o que aconteceu, por exemplo, com o último filme da saga de Hunger Games. 

Participação fantástica de Michael B. Jordan (filho de Apollo Creed, anterior rival e posteriormente amigo de Rocky). Este acaba por ser o filho que Rocky, no fundo, não teve. Pois apesar de ter tido um filho este nunca foi um para ele; nunca se interessou ou amou o pai; nem o boxe. 

Rocky - o nosso tão querido Stallone, já do alto dos seus 69 anos - é absolutamente fiel à sua personagem, e ao decorrer do tempo na mesma. Confesso que fiquei triste por me aperceber do quão velho está, no bom sentido - mas foi mesmo um choque aperceber-me do quanto se nota (e nota-se mesmo bastante!). 

Só posso dizer que adorei. Adorei mesmo! Quero revê-lo muito em breve, aliás, apeteceu-me revê-las a todos! Acho que está muito bom filme, a todos os níveis. Mesmo para quem não seja o maior fã.

E ao longo do filme, é impossível não se ficar sentimental - até para os mais durões! - com o sentimentalismo, o afecto, a humanidade, que se vive nas relações que por ele passam. Especialmente na do Johnson Creed com Rocky. Mas também na dele com a namorada Bianca (que sofre de surdez progressiva). E na destes, com Rocky, que mesmo não querendo, entraram por acaso na vida uns dos outros, de rompante, e acabam por formar uma verdadeira família. 

"Time takes everybody out; time's undefeated."